domingo, 27 de maio de 2012

Natal: falta de arborização e saneamento ainda são grandes problemas

De acordo com o Censo 2010, a região metropolitana de Natal apresenta alguns problemas de infraestrutura, como a falta de rampas de acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais. Além disso, as residências não estão arborizadas e há ausência de bueiros nas suas redondezas. 

A região metropolitana, também conhecida como Grande Natal, é composta por Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Vera Cruz, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, Macaíba, Monte Alegre e Nísia Floresta.

Esses dados foram divulgados na última sexta-feira (25), através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa pesquisa foi feita durante a pré-coleta do Censo 2010, com o objetivo de conhecer a infraestrutura urbana brasileira.

Na própria capital do Rio Grande do Norte, por exemplo, das 280.409 casas analisadas, apenas 103.856 tinham árvores em sua volta. Mesmo com a falta de arborização detectada, em 2010, a Secretaria de Mobilidade Urbana do Natal pretendia remover plantas que se encontravam na Avenida Hermes da Fonseca, a intenção do órgão público era diminuir o canteiro para melhorar o trânsito. 

Já o munícipio de Macaíba tem 6743 casas em lugares arborizados contra 6827 casas sem árvores por perto, a diferença é mínima, 84 residências.

Entretanto, o município de São José de Mipibu pode ser considerado um lugar arborizado, uma vez que 60% das casas analisadas foram construídas próximas às árvores. Vera Cruz também pode ser dita como arborizada, pois das 1246 residências, apenas 1034 estão próximas de árvores. 

A falta de rampas em todos os municípios também foi constatada pelo Censo 2010 do IBGE. Em Natal, quase 230 mil casas não tem, nas suas redondezas, rampas que dão acesso aos deficientes físicos. Os dados da pesquisa constata que em Monte Alegre, apenas 8 residências pode ser encontrados, nos espaços que a circundam, essas rampas.

Os bueiros ainda continuam sendo um grande problema para os moradores de todos os municípios da Grande Natal, pois são poucas casas que tem esgotos nas suas ruas. Em Extremoz só somente 63 domicílios que têm por perto um esgoto. No munícipio de Monte Alegre, somente 8 casas que são próximas de bueiros.

O IBGE analisou dez itens. Além dos citados, também foram estudados as questões de iluminação, existência de placas de identificação de ruas, pavimentação, calçamento, meio-fio, esgoto a céu aberto e lixo nas casas.

Sobre o esgoto a céu aberto, a Região Nordeste apresenta um dos maiores percentuais de domicílios com esgoto a céu aberto. Em Natal a diferença de casas, que tem esses esgotos por perto, é de 60746. Esses promovem a poluição dos mares da Praia de Ponta Negra e também do Rio Potengi. Em Nísia Floresta, 1346 casas estão próximas desses tipos de esgoto, isso equivale a uma porcentagem de 53, 156%.

Outro fator que apresentou problemas foi o lançamento de dejetos, saneamento básico. Na capital do Rio Grande do Norte, 85710 casas não armazenam seus resíduos sólidos em fossas e muito menos apresentam um saneamento básico. 

Já na cidade de Parnamirim, apenas 2510 casas tem seus dejetos lançados através das redes de esgoto, isso corresponde a quase 4,2% das residências do munícipio que fica a 12 quilômetros da capital. Em Nísia Floresta, apenas 42 casas que recebem dejetos pelo esgoto.

O objetivo dessa pesquisa do IBGE foi saber quais são os municípios que possui a melhor infraestrutura urbana. No Brasil, a existência de esgoto a céu aberto foi encontrada em 11% dos domicílios, e 5% tinham depósitos de lixo no entorno.

Água e lixo nas regiões metropolitanas

Todos os municípios da Região Metropolitana de Natal estão recebendo água através da rede constituída pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). Entretanto, algumas casas ainda precisam tirar água dos poços. 

Em Natal, somente 1728 casas retiram as suas águas através de poços, apesar de quase 230 mil residências receberem água encanada. Monte Alegre e Ceará-Mirim, 2803 e 8185 casas, respectivamente, recebem o líquido através de redes feitas pela Caern.

Sobre o lixo, alguns lugares ainda não sabem aonde vão levar os seus lixos, como é o caso de Extremoz no qual quase 400 casas estão nessa situação. Em Parnamirim, são 663 casas. Já no município de São Gonçalo do Amarante, são quase 700 casas. A maioria dos lixos das casas dos municípios está sendo levados pelos serviços urbanos.



Fonte: nominuto

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