domingo, 6 de maio de 2012

Grupo promove protesto contra atraso na entrega de apartamentos de construtora em Natal

Um grupo de 25 pessoas protestou, na manhã deste sábado (5), em frente ao estande da MRV Engenharia, contra o atraso nas entregas dos apartamentos de pelo menos dois empreendimentos imobiliários em Parnamirim. Eles empunharam faixas, fizeram um "apitaço" e usavam nariz de palhaço para chamar a atenção de quem passava pelo descaso e os prejuízos causados aos clientes da construtora, como o designer gráfico Gustavo Ribeiro: " Meu prejuízo até agora é de R$ 32 mil".

Ribeiro disse que a entrega do seu  apartamento está atrasado 22 meses. "Eu casei em novembro de 2010 e essa é a vida que eu não queria pra mim", afirmou ele,  a respeito do fato que continua pagando um aluguel de R$ 750,00, afora a taxa de fase de construção à Caixa Econômica, no valor mensal de R$ 855,00.

Segundo Ribeiro, um dos empreendimentos com atraso na entrega de apartamentos é o "Nimbo", na avenida Abel Cabral, que já está com os blocos 1 e 2 prontos, mas a alegação da construtora é que o atraso se deveu às chuvas e a escassez de material  e mão-obra no mercado da construção civil.

Para ele, isso não era justificativa, porque a MRV está erguendo e construído outros blocos de apartamento nas imediações da avenida Maria Lacerda Montenegro, onde também existe outro empreendimento com entregas de unidades habitacionais em atraso - o Veleiros.

O gerente de Relações Institucionais da MRV Construtora, Sérgio Lavarini, informou ontem de manhã, por telefone, que a empresa já está em negociação com a Coordenadoria Estadual de Proteção ao Consumidor (Procon-RN) para que "haja o ressarcimento dos prejuízos" causados aos clientes, a partir do congelamento do INCC, que corrigem anualmente as prestações da casa própria e outras taxas de fase de construção.

Lavarini disse que em realmente as obras estavam atrasadas e isso não tem  como esconder, mas a MRV deverá entregar, agora, no fim de maio, os apartamentos do  Veleiros, que está 100% concluído e pelo menos os apartamentos de dois dos sete blocos em construção do Nimbus no final de junho. "Os clientes não  correm risco nenhum e não existe nenhuma possibilidade de eles ficarem sem o seu apartamento", frisou Lavarini.

O designer Gustavo Ribeiro disse que as reuniões com o  Procon estão sendo importantes, porque dai sairão subsídios, se for o caso, para posteriormente se ajuizar ação civil pública contra a MRV Construtura na hipótese de ele continuar não cumprindo as promessas de entrega dos apartamentos, cujos contratos só podem ser extintos com a empresa, para os casos em que ainda não foram fechados os contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal.


Fonte: tribuna do norte

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