Itorn acumula dívidas fiscais e trabalhistas que seriam pagas com dinheiro do aluguel. Bens poderão ser leiloados. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press |
O fato da Sesap não repassar mais os pagamentos ao Itorn gerou um conflito dentro da burocracia exigida pelo Estado. Sanderson afirma que como seu cliente não recebeu mais os pagamentos, não foi possível retirar as certidões negativas que são exigidas pelo Estado para receber o dinheiro. Então, o Estado passou a dizer que não tinha como quitar o débito sem as certidões. Já o Itorn relatou que sem o dinheiro do contrato não tem como pagar o débito fiscal necessário para retirar as certidões.
Além de ser utilizado para opagamento de dívidas fiscais, o Itorn tem débitos trabalhistas em torno de R$ 3 milhões, que também foram parcelados. Conforme o advogado, por determinação da juíza do trabalho Maria Rita Manzarra, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), 30% dos R$ 200 mil que deveriam entrar na conta do hospital todo mês devem ser destinados ao pagamento dos ex-funcionários. "O Itorn hoje estar prestes a ter os bens leiloados por débitos fiscais e dívidas trabalhistas. E os trabalhadores também estão sendo prejudicados", lamentou Sanderson.
Por meio de uma ação impetrada pelos proprietários do Itorn, em março deste ano, o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Natal, Ibanez Monteiro da Silva, determinou que o Governo fizesse o pagamento ao hospital sem a condicionante das certidões negativas. "Até agora não foi pago nada", reforçou o advogado. Sanderson disse que fez vários contatos com a coordenação financeira da Sesap. A alegação do órgão é que os recursos estão sendo liberados.
A reportagem procurou a Sesap. Através da assessoria foi dito que apenas uma nota seria emitida. Até o fechamento desta edição esta nota não havia chegado.
Fonte: Diário de Natal
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