quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estado está sem rumo na política industrial, diz Flávio Azevedo

O empresário e vice-presidente do Conselho Nacional de Indústria (CNI), Flávio Azevedo, afirmou em entrevista ao Jornal 96 que a administração estadual ainda não encontrou rumo para a política industrial, em que pese reconhecer que “a governadora tem muita vontade de acertar e o secretário Benito Gama tem muita experiência na economia”.

Azevedo se disse inteiramente a favor da declaração de Flávio Rocha, segundo quem há hostilidade ao empresariado no Rio Grande do Norte.

“O empresário sofre, às vezes, com perseguições ideológicas”, disse o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern). Azevedo comentou, em entrevista ao Jornal 96, que o primeiro fator seria a formação de sindicatos, pois estes querem retirar benefícios equivocados, prejudicando os trabalhadores.

Outro fator seriam os órgãos, como o Ministério Público, Tribunal Regional do Trabalho, entre outros, que ajudam muitos os sindicatos e atrapalham o andamento das empresas. “Os órgãos públicos não deviam envolver nos problemas vindos das empresas privadas. A insegurança jurídica é um problema para o Estado”, comentou. 

Flávio Azevedo disse que essas atitudes fazem com que diversas indústrias sejam levadas para outros estados. “Estamos perdendo empresas para outros lugares do Nordeste, como a Paraíba e Baia”, disse.

Os incentivos fiscais estão beneficiando as empresas estrangeiras e assim não estão estimulando concorrência com as indústrias brasileiras. Flávio Azevedo propõe que Estado forneça um diferencial, uma vez que estão produzindo os mesmos produtos feitos em outros lugares. 

“Temos grandes projetos e se forem bem trabalhados, vão trazer um grande diferencial ao Estado”, falou. “O que Pernambuco oferece de manhã, a Paraíba oferece a tarde e o Rio Grande do Norte oferece de noite”, adicionou. 

Flávio acredita que obras do aeroporto, da ampliação do porto e de mobilidade urbana são uns fatores que podem ajudar a vinda de novas indústrias ao Estado. Mas, há poucos benefícios.

“O Governo deveria realizar uma reforma fiscal e trabalhista. Os poucos benefícios que nos fornece estão feitos de forma equivocada”, falou o empresário.


Fonte: nominuto

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