quarta-feira, 23 de maio de 2012

Mulher envolvida com duplo homicídio é transferida de CDP

Marco Carvalho - repórter


Marlene Eugênio Gomes foi transferida do Centro de Detenção Provisório (CDP) de Parnamirim para a ala feminina do Complexo Penal Dr. João Chaves, na zona Norte de Natal. A mulher é acusada de participar do duplo homicídio registrado no bairro de Nova Parnamirim, que teve como vítimas Olga Cruz de Oliveira Lima e Tatiana Cristina Cruz de Oliveira Lima. A transferência de Marlene ocorreu após o registro de espancamento sofrido por ela dentro da cela do CDP. "As companheiras de cela souberam que participei das mortes das mulheres em Nova Parnamirim e partiram para cima de mim. Era eu sozinha contra mais de 40, não podia fazer nada", disse à reportagem da TRIBUNA DO NORTE durante a tarde desta quarta-feira (23).
Marlene foi transferida do CDP de Parnamirim para o Complexo Penal Dr. João Chaves, na zona Norte de Natal
Divulgação/DegepolMarlene foi transferida do CDP de Parnamirim para o Complexo Penal Dr. João Chaves, na zona Norte de Natal


Marlene é companheira do jardineiro João Batista Caetano Alves, que também está preso preventivamente por confessar ter assassinado Olga e Tatiana. Ambos foram encontrados pela polícia na quarta-feira passada em São Gonçalo do Amarante. Após prestar depoimento, ela foi levada para o CDP em Parnamirim. Com três celas na unidade, cada espaço abriga mais de 40 detentas. "No dia seguinte que estava lá, as companheiras de cela souberam do que eu tinha feito. Mas pensaram que eu tinha segurado a filha de Tatiana para que o João Batista a estuprasse. Mas não teve nada disso", relatou.


Marlene sofreu pancadas na cabeças, chutes e arranhões. Depois, pediu para ser separada em uma cela que ficaria sozinha, mas teve o pedido negado em virtude da estrutura do CDP. Ela foi levada para outra cela, também com mais de 40 detentas, onde foi novamente agredida. Após o segundo registro, a direção solicitou sua transferência e teve o pedido acatado. De Parnamirim, Marlene agora está no Complexo Penal Dr. João Chaves, na zona Norte. Lá, divide a cela com outras quatro mulheres.


"Conversamos muitos. Elas perguntam o que eu fiz e eu conto tudo. Mesmo assim tenho medo. Ninguém sabe o que pode acontecer dentro de um presídio", afirmou Marlene em entrevista ocorrida dentro da sala da direção da unidade prisional.


Fonte: Tribuna do Norte

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